Analistas políticos em Luanda defendem uma concertação mais inclusiva com as
partes envolvidas no conflito no leste da República Democrática do Congo.
Para falar sobre o assunto, ouvimos os especialistas de política internacional, Osvaldo Mboco e Nkikinamo Tussamba e o analista político, Agostinho Sikato.
Informações postas a circular esta semana confirmaram a continuação de combates entre o exército congolês e os grupos locais armados, de um lado, e os rebeldes do M23, apoiados alegadamente pelo exército do Ruanda.
O cessar-fogo devia ter tido lugar desde terça-feira em toda a região oriental da República Democrática do Congo, com base no calendário
acordado em Março, na mini-cimeira de Luanda, e anunciado pela presidência angolana, mediadora nomeada pela União Africana para este conflito.
Fontes citadas pelas autoridades de Kinshasa e a Organização das Nações Unidas, indicara esta semana, que os rebeldes avançaram e reforçaram o seu controlo sobre a capital provincial, Goma, uma cidade de mais de um milhão de habitantes, entre o Ruanda, a leste, e o lago
Kivu, a sul.
O Presidente angolano, enquanto mediador do conflito no leste da República Democrática, enviou esta semana a Kinshasa o Ministro de Estado e Chefe da casa militar do presidente, General Francisco Pereira Furtado, e o Ministro das relações exteriores, Téte António, para um encontro com o presidente Félix Tshisekedi, no quadro do processo de paz.
Segundo fontes geralmente bem informadas a delegação angolana regressou ao pais sem resultados positivos e aguarda-se por uma posição que possa definir uma outra agenda solução para devolver a estabilidade naquela região dos grandes lagos.
Na última semana, as autoridades angolanas anunciaram com pompa e circunstância o acordo de cessar fogo que estava inicialmente previsto para começar a vigorar no passado dia 7 de Fevereiro.
O analista de política internacional, Osvaldo Mboco, aponta fragilidades no acordo de cessar-fogo com o movimento rebelde e sublinha o facto dos representantes do governo do Congo Democrático terem ficado de parte.
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