Num comunicado emitido depois da reunião dos directores do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizada na quarta-feira, 7, em Washington, a organização exigiu ao Governo moçambicano o esclarecimento pleno do uso dos recursos dos empréstimos não revelados, contraídos pelas empresas Ematum, ProIndicus e Mam.
Para o FMI, este esclarecimento é essencial para restabelecer a confiança com os diferentes parceiros internacionais de Moçambique.
Alguns economistas, no entanto, dizem que o Governo vai tentar arrastar a questão das dívidas ocultas até à fase das eleições gerais para ver se a Frelimo passa para ter mais força de negociar com os credores.
O economista Roberto Tibana, diz que a grande questão é saber onde está o dinheiro.
"O que é que se fez com o dinheiro, independentemente daquele que comprou o barcos que estão a apodrecer”, pergunta.
O relatório da Kroll e o inquérito parlamentar levantaram aspectos importantes que, na opinião daquele economista, enquanto não forem esclarecidos, a questão das dívidas ocultas não vai ser resolvida.
Entretanto, algumas correntes de opinião consideram que esta questão só vai ser resolvida quando o gás começar a fluir, dentro dos próximos anos.
Contudo, o economista João Mosca entende que esta é uma questão complicada, porque as previsões podem não se concretizar.