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Analistas dizem ser normal posição de Angola sobre a embaixada americana em Jerusalém


Luanda também condenou violência israelita contra palestinianos

Angola foi um dos 32 países africanos que participaram na cerimónia de inauguração da embaixada americana em Jerusalém na passada segunda-feira, 14.

A decisão, contestada por muitos Estados, nomeadamente europeus, não inibiu o Governo angolano de se posicionar do lado americano.

Luanda, no entanto, condenou o que chamou de “violência policial” contra os palestinianos que deixou 60 mortos e cerca de 2.700 feridos na Faixa de Gaza.

As relaçoes entre Angola e Israel -1:57
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Analistas estão divididos quanto ao posicionamento do Executivo de João Lourenço em relação à transferência da embaixada americana de Telavive para Jerusalém.

O cientista politico Agostinho Sicato considera ser um posicionamento normal o facto de Angola em estar do lado dos Estados Unidos matéria.

“Angola apoiou a instalação da embaixada americana em Jerusalém, mas condenou os bombardeamentos de Israel à Palestina, à primeira pode parecer contraditório, mas não é porque Israel e Estados Unidos são países distintos e é perfeitamente normal que Angola se posicione a favor de A ou B”, sustenta Sicato.

Entretanto, o especialista em Relações Internacionais Alcides Sakala classifica de bastante delicada a posição assumida por Luanda.

"Acredito que Angola quer consolidar as suas relações diplomáticas com os Estados Unidos neste novo paradigma e provavelmente isto terá ditado a decisão de Angola num tema em que não há unanimidade internacional”, afirma Sakala, lembrando “os tumultos surgidos ultimamente na Palestina"

O jurista Pedro Caparacata, por seu lado, é de opinião que, não obstante Angola apoiar os Estados Unidos, tal não significa necessariamente uma ruptura na sua relação histórica com os palestinianos.

"A posição de Angola é apenas circunstancial, nada tem a ver com a sua aliança natural com a Palestina, não significa abandono, apenas as circunstâncias actuais assim o exigem", sustenta Caparacata

O volume de negócios entre Angola e Israel está avaliado em 400 milhões de dólares, com uma incidência nos sectores de agricultura, telecomunicações, construção civil, diamantes, saúde, educação e no domínio humanitário.

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