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América vai confiscar activos adquiridos com dinheiro das “dividas ocultas moçambicanas”


Patrulha de segurança passa por barcos da EMATUM na doca de Maputo.
Patrulha de segurança passa por barcos da EMATUM na doca de Maputo.

Os Estados Unidos da América irão confiscar activos de Andrew Pearse em blocos petrolíferos da Polónia e Novo México, adquiridos com parte do dinheiro do escândalo das dívidas ocultas de Moçambique, reporta o Centro de Integridade Pública.

Pearse era director do Global Fund Group do Credit Suisse e recebeu 45 milhões de dólares de suborno por ter facilitado empréstimo às empresas moçambicanas Ematum e ProIndicus, alegadamente para a pesca de atum e protecção costeira, o que não aconteceu.

No julgamento que decorre em Brooklyn, Nova Iorque, Pearse confessou ter recebido comissões ilícitas, com as quais adquiriu participações em blocos de petróleo na Polónia e no estado americano do Novo México.

Em Tribunal, Pearse admitiu que adquiriu os activos com os seus “parceiros da época”, Iskandar Safa e Jean Boustani, respectivamente chefe e vendedor da Prinvinvest, a empresa que deveria fornecer equipamento para os referidos projectos moçambicanos.

Ele comprou também uma empresa imobiliária chamada Farsight Limited, na África do sul.

“Entendo que tenho que entregar ao governo (americano) tudo…” disse Pearse ao tribunal de Brooklyn, em referência aos activos e bens adquiridos com o dinheiro obtido ilicitamente.

Os Estados Unidos julgam este caso por terem sido defraudados investidores americanos.

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