A Amnistia Internacional voltou hoje a exigir a libertação do activista angolano Tanaice Neutro que diz estar detido “arbitráriamente” há mais de 500 dias “sofrendo de vários problemas de saúde”.
Tigere Chagutah, director da organização para a Africa Oriental e Austral disse que o activista deve ser libertado “imediata e incodicionalmente”.
“A contínua detenção de Tanaice Neutro e a recusa de lhe fornecer cuidados médicos pode equivaler a torturas e outro mau tratamento”, disse este dirigente da Amnistia Internacional para quem “as autoridades angolanas devem cumprir as suas obrigações ao abrigo da lei internacional de direitos humanos e assegurar que ele receba atenção méduca urgente”.
De seu nome verdadeiro Gilson da Silva Moreira, o activista foi preso em conexão com vídeos que gravou onde chamava o Presidente da República de “palhaço” e as autoridades de “ignorantes”.
Em Outubro foi julgado e condenado pelo crime de ultraje ao Estado, seus símbolos e órgãos a uma pena suspensa de 15 meses, tendo o juiz ordenado a sua libertação imediata por motivos de saúde o que não aconteceu até agora.
Na semana passada a Amnistia Internacional (AI) entregou na Embaixada de Angola em Lisboa, uma petição assinada por cerca de 2.200 pessoas a pedir a liberdade do activista Tanaice Neutro, preso desde Janeiro do ano passado.
A entrega da petição marcou o inicício de uma campanha pela liberdade do activista ao abrigo da qual serão entregues cópia da petição nas embaixadas de Angola em Espanha e na África do Sul ministério da Justiça e dos Direitos Humanos em Luanda.
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