A Amnistia Internacional (AI) pede ao Presidente Filipe Nyusi, de Moçambique, investigação das ameaças contra a pesquisadora Fátima Mimbire, do Centro de Integridade Pública (CIP).
Mimbire é uma das caras da recente campanha do CIP “Eu não pago as dívidas ocultas", que alerta a população sobre a ilegalidade das dívidas ocultas de Moçambique.
A AI diz que circula informação nas redes sociais – facebook e whatsapp - sugerindo que as críticas de Fátima Mimbire visam desestabilizar o país, e que ela é usada por estrangeiros para criar desordem.
Além de difamação, as mensagens, que ela recebe desde 18 deste mês, têm um tom ameaçador. “Por que não cuidas da tua família que precisa de ti? Aproveita a tua vida enquanto estiveres viva”, lê-se numa delas.
É perante esse cenário que a AI apela “às autoridades que investiguem de forma independente e imparcial as ameaças e intimidações contra Fátima Mimbire".
E para que Fátima Mimbire e colegas do CIP "recebam protecção adequada, de acordo com os seus desejos, afim de continuarem a trabalhar livremente, sem medo de represálias".
Fátima Mimbire, antiga jornalista da Agência de Informação de Moçambique, tem sido activa em várias acções de defesa dos direitos humanos em Moçambique.