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Amnistia Internacional pede libertação de jornalista moçambicano


AI exige fim da repressão a jornalistas
AI exige fim da repressão a jornalistas

Amade Abubacar foi detido pela polícia a 5 de Janeiro e família desconhece o paradeiro dele

A Amnistia Internacional (AI) pediu ao Governo moçambicano queliberte imediata e incondicionalmente o jornalista Amade Abubacar, detido pela polícia, e que termine com a crescente repressão aos jornalistas.

Em comunicado, a organização de defesa de direitos humanos afirma que Abubacar foi levado para um quartel e desde então se desconhece o seu paradeiro.

Amade Abubacar, jornalista da Rádio Comunitária Nacedje, foi detido no passado dia 5 pela polícia do distrito de Macomia, em Cabo Delgado, quanto entrevistava um grupo de pessoas que tinham fugido das duas áreas de residência devido aos ataques por parte de grupos ainda não identificados.

“Amade Abubacar é um respeitado jornalista que estava a gravar depoimentos de pessoas que fugiram de ataques mortais em Cabo Delgado quando foi preso pela polícia. Esta é a mais recente demonstração de desprezo pela liberdade de expressão e liberdade de imprensa por parte das autoridades moçambicanas, que veem os jornalistas como uma ameaça e os tratam como criminosos ”, disse Tigere Chagutah, director-adjunto da AI para a África Austral.

A nota acrescenta que Abubacar está detido em regime de “incomunicabilidade sem acesso a um advogado ou respeito pelo devido processo”.

“As autoridades moçambicanas devem libertá-lo imediata e incondicionalmente e garantir que os jornalistas possam fazer o seu trabalho sem receio de represálias”, exige a organização de defesa dos direitos humanos.

A AI lembra que em Dezembro de 2018, o jornalista Estacio Valói foi preso na mesma área quando trabalhava e que foi libertado sem qualquer acusação, mas o seu equipamento ficou com o exército.

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