Assinala-se hoje, 20 de Janeiro, o 42o. aniversário do assassinato de Amílcar Cabral, o herói da luta pelas independências de Cabo Verde da Guiné-Bissau. Entretanto, nesses países, Cabral não é estudado à altura da sua importância e valor, ao contrário do acontece em universidades de outros países africanos, na Europa e nos Estados Unidos, onde ele é cada vez mais uma referência. A afirmação é da filha do fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Iva Cabral.
Em conversa com a VOA, Iva Cabral reconhece que só agora as universidades cabo-verdianas começaram a estudar a vida e o pensamento de Amílcar Cabral, mas tal não acontece nas escolas primárias onde se ministra história.
Em Cabo Verde, ela vai mais longe e diz que os governos do PAICV, liderados por companheiros de Amílcar Cabral, não se preocuparam em dar a conhecer o seu legado, enquanto o Governo do MpD tentou, por um tempo, limpar a história da luta pela independência.
Nos últimos tempos, as coisas “começaram a melhorar e a Universidade de Cabo Verde, pública, criou a cátedra Amílcar Cabral”.
A filha de Amílcar Cabral diz estar surpreendida, no entanto, com o interesse cada vez maior das universidades de outros países africanos, americanas e europeias em estudar o pensamento de Amílcar Cabral.
Para Iva Cabral, o pensar com a própria cabeça constitui um dos mais importantes legados de Amílcar Cabral.
Amanhã, quarta-feira, 21, a entrevista será passada na íntegra na rubrica semanal da VOA Agenda Africana.