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Amílcar Cabral, 41 anos depois


Nino Vieira e Amílcar Cabral
Nino Vieira e Amílcar Cabral

Lançado livro "Pensar para Melhor Agir", uma compilação das intervenções de Amílcar Cabral no Seminário de Quadros do PAIGC realizado em Conakry em1969.

Assinala-se hoje, 20 de Janeiro, mais um aniversário do assassinato de Amílcar Cabral, líder da luta pelas independências de Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Quarenta e um anos depois da sua morte, o seu assassinato atribuído à polícia secreta do Governo português continua a suscitar muitas dúvidas, mas tanto na Guiné-Bissau como em Cabo Verde Amílcar Cabral é considerado figura maior e, no meio académico, continua a ser muito estudado.

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O presidente de transição da Guiné-Bissau Manuel Serifo Namadjo admitiu hoje que se Amílcar Cabral estivesse vivo hoje não ficaria muito contente com a situação do seu país natal.

Serifo Namadjo fez estas declarações aos jornalistas depois de, juntamente com membros do Governo e chefias militares, depositar coroas de flores na campa de Amílcar Cabral, na fortaleza de Amura, em Bissau.

O presidente de transição da Guiné-Bissau concluiu dizendo que a melhor forma de homenagear Cabral é respeitar este dia dos heróis nacionais.

Em Cabo Verde, onde o dia é também assinalado, o antigo companheiro de Amílcar Cabral, e ex-primeiro-ministro e ex-presidente Pedro Pires disse em conferência hoje que aquele líder não podia ser catalogado de comunista, social democrata ou socialista, e que o mais importante é conhecer a sua obra.

Ainda hoje, na cidade cabo-verdiana de Mindelo, a Fundação Amílcar Cabral apresenta o livro Pensar para Melhor Agir, uma compilação das intervenções de Amílcar Cabral no Seminário de Quadros do PAIGC realizado em Conakry de 19 a 24 de Novembro de 1969.

Em conversa com a Voz da América, o professor Manuel Brito-Semedo, que irá apresentar a obra, diz que a obra é de uma grande importância para quem quiser conhecer o pensamento de Cabral.

Filho de cabo-verdianos, Amílcar Cabral nasceu na Guiné-Bissau, onde o pai era professor, e mudou-se para Cabo Verde aos 12 anos de idade. Estudou na cosmopolita cidade do Mindelo, um viveiro de ideias independentistas, até ir estudar Agronomia em Portugal.

Depois da sua formação universitária, Cabral trabalhou em Angola e na Guiné-Bissau, onde em 1956, juntamente com cabo-verdianos e guineenses, formou o Partido Africano para da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Em 1963 deu início à luta armada, tendo sido assassinado a 20 de Janeiro de 1973 à chegada à sua residência em Conakry.
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