Um conhecido ativista angolano disse que a repressão ao direito à manifestação se intensificou nos últimos três anos, mas o ministro do Interior Eugénio Laborinho rejeitou essa acusação.
Laborinho, em declarações à VOA, negou existir repressão contra manifestante embora reconhecendo que no passado isso aconteceu mas por culpa dos manifestantes.
“No passado, sim, por mau comportamento desta classe (os manifestantes), disse o ministro para quem o agente da polícia “é um polícia de toda a sociedade” pelo que não se justifica “ser agredido pelo próprio popular”.
“É preciso sempre haver um diálogo uma ação pedagógica, uma acção de sensibilizar antes de agir com cabeça quente”, acrescentou.
Eugénio Laborinho revelou que as autoridades policiais deixaram de usar “meios letais para persuadir” como disparar tiros para o ar.
“Temos outras formas e isso tem dado bons resultados, porque temos a colaboração das populações”, afirmou.
Mas o ativista activista Geraldo Dala, fez nogar que nos últimos três anos, em Angola, não foi permitido qualquer protesto contra o executivo angolano, acrescentando que os níveis de repressão aumentaram.
“Houve uma ligeira abertura no passado, estamos a falar em 2017 – 2018, tínhamos as chamadas marchas pelas autarquias mas a partir de 2020 as repressões aumentaram”, disse Dala que acrescentou que “podemos dizer que de 2020 para cá nenhuma manifestação contra o governo foi aceite”, afirmando existir no país “uma ditadura lourencista, onde entre os três poderes, dois submetem-se a um único poder que é o executivo”
Já o jurista Joaquim Jaime aconselha os ativistas a intentarem ações judiciais contra os agentes da ordem e seus superiores hierárquicos que violem os seus direitos
“Aqueles que se sentem lesados em principio devem intentar as devidas acções judiciais correspondente ao dano sofrido” disse, afirmando ainda que deve se responsabilizar igualmente a instituição em que o agente pertence.
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