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Ameaças anónimas preocupam personalidas públicas em Moçambique


Maputo, Moçambique
Maputo, Moçambique

O arcebispo de Maputo, Dom Carlos Nunes, diz que a igreja como mestra educadora também está muito preocupada com isso, ‘’porque não pode haver atitudes radicais e extremistas’’.

O Provedor da Justiça de Moçambique condenou supostas ameaças de morte que figuras políticas e públicas têm vindo a receber nos últimos tempos, a mais recente das quais dirigida ao presidente do Conselho de Administração da televisão privada TV Sucesso, Gabriel Júnior.

Isaque Chande afirma que sejam quais forem as motivações, as ameaças de morte devem ser condenadas e realçaque ‘’todos nós temos que ser mais tolerantes, saber ouvir a opinião do outro, mesmo que não concordemos com ela, não é motivo para fazer ameaças de morte, a democracia constrói-se com o envolvimento de todos".

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O edil de Quelimane, Manuel de Araujo, disse recentemente ter recebido ameaças de morte, alegadamente relacionadas com o processo eleitoral.

Varias outras figuras políticas denunciaram situações idênticas.

O arcebispo de Maputo, Dom Carlos Nunes, diz que a igreja como mestra educadora também está muito preocupada com isso "porque não pode haver atitudes radicais e extremistas".

Gabriel Júnior fez a denúncia no seu programa televisivo, Moçambique em Concerto: "Acho que está na hora de pedir que vocês orem por mim porque nas últimas duas semanas, tenho recebido ameaças de morte. Pensei que fosse passageiro, mas a cada dia que passa, a pressão das ameaças começa a ser maior, e é difícil tu viveres numa situação de pressão em cada passo que tu das".

Entretanto, o Misa Moçambique diz em comunicado ter tomado conhecimento, com justificada preocupação, de ameaças de morte dirigidas, nas últimas semanas, ao presidente do Conselho de Administração da TV Sucesso.

A nota adianta que, embora Gabriel Júnior não tenha falado das motivações das ameaças, elas estão a ser associadas à cobertura jornalística feita pela TV Sucesso às recentes eleições autárquicas, particularmente a partir da longa noite de votação, a 11 de Outubro, quando este órgão de comunicação social expôs varias irregularidades susceptíveis de consubstanciar fraude eleitoral.

"O Misa Moçambique condena este e quaisquer atos de ameaças e intimidação a profissionais ou gestores de comunicação social. Independentemente das motivações em causa, ameaças contra profissionais de comunicação social são graves atentados contra a liberdade de imprensa e de expressão’’, considera o Misa Moçambique.

Gabriel Júnior disse ter informado as autoridades governamentais moçambicanas, mas estas ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

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