Estudantes das escolas do ensino secundário na província do Uíge estão ser obrigados a tratar cartão de militante do MPLA.
De acordo com um dos alunos que preferiu falar de forma anónima, a medida esta a ser aplicada de forma compulsiva, sem contradições ou abnegação.
“A maior parte dos professores são do MPLA, geralmente há aquele costume de obrigar os alunos que sejam militantes, atrás de tudo vêem ameaças de reprovações, até os próprios directores incentivam isso”, revelou uma das fontes da VOA.
O novo método aplicado pelo partido no poder está a preocupar estudantes a partidários e militantes dos partidos políticos na oposição.
“Quase é um fenómeno em todas escolas, é só nós observar em todas as escolas há um núcleo da JMPLA, então existe aquela descriminação de que quem não entra no circuito tudo torna difícil”, esclareceu a mesma fonte.
O secretário provincial da Unita no Uíge Félix Simão Lucas considerou a pratica como sendo antidemocrática, numa altura em que faltam dois anos para as eleições.
“Penso que esse comportamento é antidemocrático, porque quando nós queremos ter militantes têm de ser de forma consciente, não pode ser por uma pressão porque isso cria uma debilidade futura para esses partidos com comportamentos ditatoriais”, considerou Lucas.
O político apontou como exemplo a escola do segundo ciclo do ensino secundário do bairro Papelão e Instituto Médio de Gestão do Uíge.
A VOA procurou ouvir a versão oficial do partido no poder. mas sem sucesso.