O aluimento de parte da lixeira de Hulene realça fragilidades na gestão da cidade Maputo e violação de direitos humanos, diz o deputado Venâncio Mondlane, pelo Movimento Democrático de Moçambique.
Pelo menos 17 pessoas morreram, vítimas do desabamento da lixeira, na madrugada de segunda-feira, 19 de Fevereiro.
“O que se conclui é pura e simplesmente o que eu chamaria de negligência criminal”, diz Mondlane, que recorda que a lixeira já deveria ter sido encerrada.
Para o deputado, que foi membro da Assembleia Municipal de Maputo, a responsabilidade pela demora na tomada de tal decisão é da liderança do município.
E para que não seja mais um caso esquecido, Mondlane sugere a abertura de um “inquérito - não administrativo e não conduzido pela assembleia municipal - tem de ser judiciário e com envolvimento da Procuradoria Geral da República”.
Por outro lado, Mondlane, diz que a Assembleia Municipal deveria emitir uma moção de censura dirigida ao edil de Maputo (David Simango), “e penso que se ele tiver algum brilho e algum respeito pela sua própria pessoa deveria demitir-se”
Reporta-se que as vitimas não tiveram socorro imediato do corpo de salvação pública.
Mondlane diz que isso revela o tratamento marginal à questões de protecção social na capital de Moçambique.
“As pessoas são contribuintes de um município no qual não têm direitos, incluído o direito à vida”, diz Mondlane.