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Altas figuras do Estado angolano em tribunal


Eles são testemunhas no caso do Conselho Nacional de Carregadores
Eles são testemunhas no caso do Conselho Nacional de Carregadores

Altas figuras do regime angolano começaram a ser ouvidas nesta terça-feira, 16, pelo Tribunal Supremo, como testemunhas arroladas no processo Conselho Nacional de Carregadores ( CNC), que tem como principal acusado o antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás.

Destacada entidades angolanas testemunham em julgametno de ministro - 2:39
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Dos principais dirigentes do MPLA, destacam-se os membros do Bureau Político e deputados à Assembleia Nacional, Carlos Feijó e Álvaro de Boavida Neto, este último recentemente afastado do cargo de secretário-geral do partido no poder.

O grupo das 14 testemunhas a serem interrogadas na Câmara Criminal do Tribunal Supremo integra ainda o antigo ministro dos Transportes e o secretário do ex-presidente José Eduardo dos Santos para os Assuntos de Contratação Pública, André Luís Brandão.

Outras figuras próximas ao antigo Presidente angolano visadas são o deputado Manuel da Cruz Neto, à data dos factos ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Ismael Diogo, actual presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), e Justino Fernandes, ex-líder do chamado Movimento Nacional Espontâneo (MNE), que também presidiu a Federação Angolana de Futebol (FAF).

O empresário e deputado António Mosquito, o PCA do Banco de Negócios Internacional (BNI), Mário Palhares e os cidadãos Nuno Pereira, Alcides de Almeida Paulo, Paulo Adolfo Vaal Neto, Nelson Alberto Jimbi, José Paulo Kindanda, e Farouk Ibrahim completam a lista das testemunhas que começaram a depor no Supremo.

O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, e quatro antigos dirigentes do Conselho Nacional de Carregadores, acusados de peculato, violação de normas de execução de orçamento, branqueamento de capitais e abuso de poder na forma continuada, foram os primeiros a serem ouvidos.

Para o jurista Lindo Bernardo Tito, a luta contra a corrupção em Angola perdeu o impacto inicial quando o Presidente da República anunciou que seria o seu “cavalo de batalha”.

Bernardo Tito considera que os depoimentos das testemunhas arroladas poderão ou não mudar a opinião dos juízes sobre um ou outro declarante a menos que se conclua que estejam efectivamente implicados nos crimes apontados pelo Ministério o Público.

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