A Alta Comissária Britânica em Moçambique, NneNne Eme, diz que o país não se deve contentar apenas com o facto de o Fundo Monetário Internacional (FMI), ter retomado o seu apoio ao Orçamento de Estado e sublinha que isso não resolve o problema da dependência externa.
"Mais do que mais ajudas do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de outros parceiros de cooperação, o que o país precisa é de criar condições para atrair cada vez mais investimento estrangeiro, considerou aquela diplomata.
A chefe da missão britânica em Maputo falava a propósito do acordo de financiamento de 470 milhões de dólares aprovado pelo FMI, marcando a retoma do seu apoio directo ao Orçamento de Estado de Moçambique.
"O que Moçambique precisa não é de uma dependência de doadores, mas de mais investidores, particularmente do sector privado, e o que vai incentivar o sector privado a regressar a Moçambique para investir é a confiança de instituições como o FMI", defende NeNe Emme.
Contudo, a Alta Comissária britânica manifesta satisfação pela aproximação entre Moçambique e as instituições financeiras internacionais porque isso vai catapultar o desenvolvimento do país.
Entretanto, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, disse que o empresariado está satisfeito com a retoma do FMI, sublinhando que "o mérito de trabalhar com aquela instituição financeira internacional, tem a ver com o facto de o próprio FMI arrastar outros parceiros e melhorar a classificação de Moçambique nos mercados internacionais".
Vuma acrescentou ainda que a CTA espera que a retoma do Fundo Monetário Internacional traga outros ganhos no ambiente de negócios, e o Governo moçambicano seja capaz de sanar algumas dívidas para com a classe empresarial.