Alcides Sakala, vice-presidente para as relações exteriores e porta-voz da Unita, afirmou que a Unita será "inevitavelmente Governo" após as próximas eleições e que a crise que se vive no país é "artificial", fruto de roubo.
Em entrevista aos estúdios da VOA em Washington DC, Sakala falou da situação de José Kalupeteka, em que dezenas de pessoas morreram de forma misteriosa, considerando-o o ponto mais alto das violações dos direitos humanos.
Para Sakala, a questão de Cabinda deve ser tratada através do diálogo, defendendo que não se pode falar em paz em Angola enquanto houver forças militares no enclave. O dirigente acredita que Cabinda devia ser autónoma como a Madeira (Portugal).
Em relação à crise financeira que se vive em Angola, Sakala garante que exemplos como o resgate do banco Besa e o Fundo Soberano representam actos de "inconstitucionalidade e nepotismo", respectivamente.
A vinda aos Estados Unidos, explica, teve como objectivo "apelar à comunidade internacional que esteja atenta e ajude Angola a realizar um processo eleitoral transparente".