A Amnistia Internacional diz estar preocupada com a greve de fome de seis dos 17 activistas que estão a ser julgados em Luanda, tendo em conta as consequências para a vida dos mesmos.
No entanto, a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos reconhece a razão dos activistas em reclamar da morosidade do julgamento iniciado a 16 de Novembro e previsto par terminar a 20 do mês passado.
Em conversa com a VOA, Mariana Abreu, coordenadora de Campanhas em Angola do Escritório Regional da África Austral da Amnistia Internacional, lembra, por exemplo, a leitura do livro de Domingos da Cruz, com cerca de 200 páginas.
Para Abreu, as autoridades angolanas têm a responsabilidade de prover um julgamento em tempo razoável e justo.
“É obrigação de Angola que o julgamento tenha uma duração razoável, mas ele está a se estender muito”, disse Abreu, lembrando que “são todos prisioneiros de consciência que nunca deveriam ter sido presos e muito menos submetidos a julgamento”.
Aquela responsável refere que, pela carta dos activistas, a greve é uma forma de protesto pela forma como decorre o julgamento.
“Quanto à morosidade do julgamento, a Amnistia Internacional concorda completamente com os activistas”, classificando de bizarro esse atraso.