Mais de 300 famílias de várias comunidades agrícolas do município petrolífero do Soyo, na província do Zaire, reclamam a expropriação das suas terras já cultivadas, bem como a destruição dos os seus produtos pela administração municipal.
A administração local remete-se ao silêncio, o Governo do Zaire já foi informado mas não responde e por isso aquelas comunidades querem a ajuda do Presidente da Republica, a quem pedem que os visite.
A situação arrasta-se há meses e os moradores, na sua maioria agricultores, queixam-se de que as suas terras foram vendidas a particulares e empresas.
"Os terrenos pertenceram aos meus bisavós, são lavras de cultivo de mandioca, milho, etc., e algumas residências, mas a administração do Soyo ficou com tudo”, disse um dos moradores, enquanto outro disse ter ficado sem terras dos seus bisavós porque “um senhor chamado Jack, que disse, representar a administração municipal, vendeu todos os terrenos da populacao".
Em conversa com a VOA, outro morador acusa “o senhor Enoque de ter vendido todos os terrenos onde já tínhamos muita comida (…), fomos reclamar junto da administração, mas sem resposta”.
Sem resposta a nível do município e da província, os residentes pedem uma visita do Presidente da República João Lourenço que, segundo os eles, “nao está informado sobre o que acontece no Soyo”.
Eles temem enfrentar a fome em virtude de que as terras eram o seu único meio de sustento.
A VOA contactou portelefone a administração municipal do Soyo, mas sem sucesso.