Especialistas angolanos criticam o pouco investimento do Governo na agricultora, com o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2020 a destinar apenas um por cento para o sector.
Em Cabinda, agricultores queixam-se de excesso de burocracia no acesso no financiamento bancário para o fomento agropecuário.
Em causa, apontam constragimentos criados pela Secretaria Provincial da Agricultura em Cabinda e pela direcção do projecto “Cadeia de valores”, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, que têm condicionado a implementação de projectos de desenvolvimento agropecuario no enclave.
Desde a sua implementação em 2018, o projecto de fomento da acricultura não avançou por existirem o que consideram de barreiras administrativas.
“Existe burocracia nas entidades bancárias porque podemos ter iniciativas, se não nos desfazermos da burrocracia não podemos progredi. É um retrocesso”, afirma o agricultor Samuel Barros, que lamenta o facto de todas elas não terem merecido a atenção do Governo local.
“Aqui em Cabinda toda a gente está a lamentar porque para desenvolvermos a agricultura como o Governo está a exigir, temos inicitativas e apresentámo-las ao Governo, mas o Executivo tem de corresponder. O que vemos é que não há correspondência do Governo”, diz Barros.
Para aquele agricultor, o Executivo deve definir políticas próprias para se inverter o quadro actual porque, de contrário, serão apenas discursos e projectos que nunca sairão do papel.
Samuel Barros é de opinião que deve se atender as especificidades da província porque “nem tudo é igual, por exemplo, falar de Benguela ou da provincia de Cabinda, por isso, quando há estudos neste contesto é necessario buscar a realidade da provincia”.