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Agentes russos podem estar a dar segurança a Nicolás Maduro


Nicolás Maduro no Palácio Miraflores
Nicolás Maduro no Palácio Miraflores

Fontes próximas dizem que 400 agentes terceirizados chegaram a Venezuela no início da semana

Agentes contratados pela Rússia para missões militares secretas viajaram nos últimos dias à Venezuela para reforçar a segurança do Presidente Nicolás Maduro, que enfrenta protestos da oposição apoiada pelos Estados Unidos.

A informação é avançada nesta sexta-feira, 25, pela agência Reuters que cita duas fontes próximas às companhias.

Uma terceira fonte próxima aos russos também disse à Reuters haver um grupo de pessoas contratados por Moscovo na Venezuela, mas não pôde precisar quando chegaram ou qual função iriam cumprir.

A Rússia, que tem apoiado o Governo de Maduro com mil milhões de dólares, prometeu nesta semana manter-se leal a ele depois de o líder oposicionista Juan Guaidó ter se auto-proclamado Presidente interino, com o apoio de Washington.

Trata-se da mais recente crise internacional a contrapor as superpotências mundiais, com os Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e outros países da América Latina a apoiarem Guaidó, enquanto Rússia, cuba, México e China defendem a não interferência.

Yevgeny Shabayev, líder de um braço local de um grupo paramilitar ligado aos terceirizados russos, disse saber da existência de cerca de 400 russos contratados para actuar na Venezuela, mas as outras fontes falaram em grupos menores.

O Ministério da Defesa russo e o Ministério da Informação venezuelano não responderam a pedidos de comentário sobre as empresas contratadas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou: “não temos tal informação”.

Os terceirizados estão associados ao chamado grupo Wagner, cujos membros, a maioria ex-agentes de segurança, já combateram clandestinamente em apoio às forças russas na Síria e na Ucrânia, de acordo com entrevistas feitas pela Reuters com dezenas de contratados, seus amigos e parentes.

Ao citar contatos no aparato de segurança russo, Yevgeny Shabayev disse que o contingente voou para a Venezuela no início da semana, um ou dois dias antes de começarem os protestos da oposição.

Eles partiram em dois aviões fretados para Havana, em Cuba, de onde foram transferidos para voos comerciais em direcção à Venezuela.

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