Um adolescente de 12 anos foi recentemente espancado até à morte por seis jovens que alegavam que ele era feiticeiro pelo facto destes terem sonhado algumas vezes com ele, no município do Soyo, na província angolana no Zaire.
Na Guiné-Bissau, em fevereiro, oito idosos foram mortos alegadamente por serem feiticeiros na localidade de Culadje.
As vítimas terão sido obrigadas a ingerir um veneno feito à base de plantas silvestres para comprovar se eram feiticeiras, como dizia a população que lhes atribuia "as constantes mortes de grávidas, crianças e jovens" e ainda "os insucessos escolar e político dos naturais desta povoação".
Moçambique, como a Voz da América, tem noticiado, tem registado muitos casos, nomedamente relacionados com desinformação sobre combate à cólera, contra albinistas e até carecas.
Como é que a crença, em muitos casos, e a cultura noutros continuam a levar pessoas à morte?
Para tentar entender este fenómeno no momento em que as autoridades desses países procuram responsabilizar os autores desses assassinatos, o programa Agenda Africana da Voz da América falou com o jurista e investigador guineense Fode Mané e o padre e antropólogo angolano Pedro Gabriel Chombela.
Ambos apontaram a necessidade de uma presença maior do Estado e uma maior aposta na educação, ao mesmo tempo que as autoridades judiciais são chamadas a impor a lei.
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