Com 20 anos de vida, a União Africana (UA) tem sido desafiada por vários sectores e personalidades a promover mudanças para que seja mais efectiva, no momento em que os países do continente enfrentam novos e variados desafios, mas permanecem velhos problemas, nomeadamente conflitos internos com fortes consequências e implicações regionais.
A Zona de Comércio Livre Continental Africana, a recuperação económica pós-pandemia, depois de um retrocesso da economia para níveis de há 25 anos devido à Covid-19, e o ressurgimento de golpes de Estado dominaram a recente Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da organização.
Numa entrevista concedida à VOA em Setembro de 2022, o Presidente de Cabo Verde defendeu uma reforma da UA, um posicionamento que manteve, outra vez, agora em Addis-Abeba.
José Maria Neves reconhece avanços da UA, mas continua a pedir reformas, principalmente a nível da governança e dos níveis de decisão, e congratula-se com os esforços para a resolução dos vários conflitos no continente e a política de tolerância zero contra golpes militares.
O professor e investigador moçambicano Hilário Chacate corrobora a ideia de uma reforma profunda da UA, que precisa de uma união filosófica e ideológica que lhe permite, a partir daí, traçar políticas transversais ao continente.
Nesta edicão da Agenda Africana, da VOA, os convidados são o Presidente de Cabo Verde e o investigador Hilário Chacate. Acompanhe:
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