Na Guiné-Bissau, depois de o Presidente da República ter marcado as eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro, os partidos do arco do poder, PAIGC, MADEM-G15 e PRS, bem como o APU-PDGB, liderado pelo antigo primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, preparam uma frente única que visa, em tese, pressionar para a realização ainda neste ano das eleições presidenciais.
Mas há quem defenda o contrário, como o partido Luz da Guiné-Bissau, aliado de Umaro Sissoco Embaló.
O PAIGC, partido que lidera a coligação PAI-Terra Ranka, vencedora das eleições legislativas de 4 de junho de 2023, é peremptório ao defender a reabertura da Assembleia Nacional Popular e a marcação das eleições presidenciais ainda neste ano, tendo em conta que o mandato do atual chefe de Estado termina a 27 de fevereiro.
Muniro Conté, porta-voz do PAIGC, diz que os partidos estão a lutar para manter o sistema democrático de pé e que "há que regressar à normalidade constitucional".
Por seu lado, Gabriel Ié, porta-voz do Partido da Renovação Social, destaca a importância da frente única, que pode vir a reunir esses partidos do arco do poder, embora não tenha havido qualquer formalizição.
Do outro lado do espectro político, Lesmes Monteiro, presidente do partido Luz da Guiné-Bissau e membro do Conselho de Estado, afirma "não fazer sentido voltar a debater a realização das legislativas" porque é a melhor saída por agora e que as presidenciais devem realizar-se no próximo ano.
Outros aspetos foram abordados nesta edição da Agenda Africana.
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