Rafael Massanga Sakaita Savimbi foi o convidado do Angola Fala Só desta sexta-feira, 28. Filho do falecido líder da Unita, Jonas Malheiro Savimbi, Rafael é o coordenador nacional para a mobilização urbana da Unita.
Na conversa, como notícia ou acontecimento da semana, Rafael Massanga Sakaita Savimbiescolheu falar sobre um acidente de viação no Sumbe, para chamar a atenção para a mortalidade causada pelos acidentes rodoviários em Angola, a segunda causa de morte no país.
Entre as várias perguntas que lhe foram colocadas estão as de Aurelio Wandalica da Lunda-Sul, relativas à vida interna do partido, mais precisamente se ele próprio seria candidato à direcção partidária. Rafael respondeu que a Unita é um partido democrática, tem-no mostrado e que dentro da Unita há vários “quadros à altura de a dirigir.”
Questionado sobre os dinheiros do partido por Miguel Panzo Alfredo, de Luanda, Rafael Savimbi respondeu que a “Unita geriu sempre com transparência os seus recursos.” E acrescentou que os seus livros de contas podiam ser consultados.
Como noutras edições do AFS, a questão dos combatentes foi trazida à antena por alguns dos ouvintes intervenientes. Entre eles Osvaldo Manonga, do Cuando Cubango.
Rafael frisou várias vezes a necessidade de se tratarem bem “todos os que fizeram a nossa História, (…) que sacrificaram a sua vida, porque é uma questão de segurança nacional.” Falou também das diferenças que existem nas reformas entre as patentes e chamou a atenção para o facto de haver ainda ex-combatentes que nada receberam, que não foram reintegrados e para os que tendo sido combatentes ainda não estão na reforma. Ainda sobre este tema, Rafael Savimbi lembrou que há também famílias de combatentes que falecerem e cujas viúvas e órfãos deveriam ser também protegidos.
Ainda sobre a questão dos antigo combatentes, os veteranos, Rafael Massanga Savimbi disse que “se queremos construir uma Angola para todos, uma Angola reconciliada para todos, em paz temos que reabilitar o nosso sentimento da solidariedade” para com eles e pagar-se-lhes o que se deve aos que a um determinado momento sacrificaram a sua vida pelo país.
Sobre a questão do corpo do seu pai (“Onde está o corpo?”), numa pergunta de Aniceto Dinis do Huambo, Rafael Savimbi disse que a questão tinha sido discutida ao mais alto nível e que não tinha mais comentários a fazer.
A questão da transmissão dos debates da Assembleia Nacional através da comunicação social foi outro tema abordado pelo dirigente da UNITA, que defende que o que se debate na casa das leis devia ser colocado à disposição dos espectadores” para que se saibam o que ali se discute".
O ouvinte Rosário Raimundo, do Cuanza Sul, fez várias perguntas entre elas sobre a corrupção, a fraude eleitoral e o processo de democratização que nas palavras do convidado do Angola Fala Só “é um caminho longo, uma viagem longa, e não termina agora. Há sempre imperfeiçoes”
Para concluiur disse: "os angolanos estão cada vez mais atentos e é missão de todos fazer tudo e auxiliarem-se para que as próximas eleições não sejam fraudulentas. O povo de Angola está atento e saberá dizer não se houver mais fraudes”.
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