Na África do Sul, o arcebispo anglicano e Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu, já está a convalescer em casa depois de breve hospitalização.
Aos 85 anos de idade, ele foi internado no sábado, 18, poucos dias depois de ter recebido alta na sequência de uma intervenção cirúrgica a casos recorrentes de infecção provocada por tratamento de cancro da próstata de que padece.
O regresso ao hospital foi considerado uma medida de precaução porque a ferida da operação mostrava sinais de infeção.
A família indica que o arcebispo emérito está bem e descreveu profissionais da saúde que cuidavam dele no Hospital como sendo seres humanos extraordinários.
Desmond é conhecido pela sua sensibilidade perante o sofrimento de outras pessoas.
Ele passou mais de 40 anos a disseminar mensagem de paz e revolta pacifica contra o regime do apartheid na África do Sul.
Entretanto, com limitações impostas pela tradição da cultura africana, ninguém aceita falar sobre a obra do arcebispo nesta altura em que Tutu enfrenta problemas de saúde.
Os cidadãos sul-africanos evitam falar sobre um líder numa altura em que o mesmo enfrenta problemas de saúde por considerar que qualquer pronunciamento pode ser visto como desejando a sua morte
O vice-presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, visitou o arcebispo no Hospital há dois dias e o seu gabinete emitiu comunicado de imprensa desejando rápidas melhoras.
Devido a sua respeitada personalidade, Desmond Tutu foi nomeado em finais da década de 1990 pelo então Presidente Nelson Mandela para liderar a Comissão da Verdade e Reconciliação nas investigações sobre o passado negro do apartheid e dos movimentos anti-apartheid.
O processo foi largamente felicitado por muitos países.