Tensão, pilhagem, tiros e gás lacrimogénio marcaram o fim da marcha contra drogas e prostituição organizada pelo chamado grupo dos Residentes Preocupados de Mamelodi, em Pretória, África do Sul.
Mais de 120 pessoas foram detidas, tendo a polícia usado gás lacrimogéneo e canhões de água para dispersar os participantes na marcha e os imigrantes considerados alvos da ira dos residentes.
Para os Residentes Preocupados de Mamelodi, isto mostra que a polícia come com criminosos e por isso a luta contra drogas e prostituição vai mesmo continuar.
O desemprego elevado, a disputa de oportunidades de negócios, insuficiência de serviços básicos nas comunidades e a incapacidade da polícia de controlar a situação da criminalidade são considerados factores que contribuem para a intolerância dos sul-africanos contra emigrantes.
O presidente da comunidade moçambicana em Gauteng, que inclui as cidades de Pretório e Joanesburgo, disse que os seus conterrâneos estavam bem.
Mesmo na zona de Mamelodi, epicentro da marcha, a situação estava calma, embora ligeiramente tensa.
Cerca de metade do comércio informal estava fechada em Mamelodi.
A marcha dos Residentes Preocupados de Mamelodi foi largamente condenada por grupos de defesa dos direitos humanos e confissões religiosas.
O Comando Geral da Policia anunciou esta tarde a detenção de mais de 120 pessoas e reiterou o apelo a calma e a confiança a corporação na manutenção da lei e ordem na África do Sul.