Empresários moçambicanos na África do Sul, preocupados com a grave crise económica no seu país de origem, apelam ao governo que isente produtos de primeira necessidade dos direitos aduaneiros.
A maior parte dos produtos consumidos em Moçambique, sobretudo em Maputo, são importados da África do Sul.
A pauta aduaneira é considerada muito pesada pelos importadores, sobretudo nesta altura em que a moeda nacional, o metical, está em queda livre em relação ao rand e ao dólar norte-americano.
O rand sul-africano tem grande peso na economia moçambicana devido à sua dependência na importação de produtos de primeira necessidade da África do Sul.
Desde Janeiro, o metical perdeu cerca de metade do seu valor cambial em relação ao rand sul-africano, agravando o custo de vida em Maputo.
A empresária Amélia Muthisse diz que a crise económica é agravada pelo conflito armado envolvendo a Renamo e o governo sobretudo no centro e norte do pais.
Moçambique e África do Sul são membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, uma organização económica regional que promove trocas comerciais.
Mas o excesso da burocracia não tem facilitado a iniciativa de zona de comercio livre.