Um criminoso matou três moçambicanos e feriu outro no Soweto, em Joanesburgo, com bomba de petróleo de fabrico caseiro. A sobrevivente, gravemente ferida, está internada nos cuidados intensivos do Hospital Baragwanath.
Os corpos poderão ser transladados nesta terça-feira para Maputo, se a família e a comunidade conseguirem apoios financeiros para pagar a despesa de transporte.
As vitimas eram jovens vendedores ambulantes e inquilinos de uma das casas do autor do crime já detido pela Policia.
O crime considerado hediondo para todos os padrões sociais aconteceu perto da esquadra da Policia de Moroka, no grande bairro histórico do Soweto, região ocidental de Joanesburgo.
As vitimas António Muchanga, Carlitos Mbenzani e sua esposa Paulina Vilanculo estavam a dormir depois de uma festa do aniversário de Paulina.
Testemunhas disseram que o autor é um criminoso cadastrado e drogado que matou o seu próprio pai e fora condenado a 12 anos de prisão tendo cumprido apenas 8. A tia do autor do crime reconhece que o sobrinho é um homem drogado e perigoso.
O jovem Musindo Sithole, que acompanhou quase toda a tragédia dos moçambicanos, contou que o dono da casa - apenas conhecido por nome de Mpondo - manifestava influência de droga chamada nyaopi e acusava seus inquilinos de manter relações extra-conjugais com a sua namorada que por sinal nem vive com ela na mesma casa.
A bomba que provocou a tragédia foi atirada através da janela para dentro do quarto onde os quatro moçambicanos se encontravam a dormir.
Carlitos Mbenzani morreu no local do incidente e a sua esposa Paulina perdeu a vida já no Hospital.
O líder da comunidade moçambicana no Soweto, Chuva Mahece, considera que de uma forma geral as relações entre sul-africanos e moçambicanos na zona são boas.
Policia reconhece que os níveis da criminalidade e do consumo de drogas na África do Sul são exageradamente altos. Pelo menos 50 pessoas morrem por dia devido à criminalidade.
Há cerca de três semanas, outros três moçambicanos tinham sido mortos em Krugersdorp num conflito motivado por relações extra-conjugais.