Afonso Marceta Macacho Dhlakama nasceu a 1 de Janeiro de 1953 na província de Sofala e ingressou na Frelimo, o partido no poder em Moçambique, no fim da guerra pela independência.
Em 1976, fugiu para a então Rodésia, actualmente Zimbabwe, juntado-se à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que contava com o apoio do governo minoritário branco daquele país.
Quando o primeiro presidente da Renamo, André Mantsagaíça, foi morto em combate em 1979, Afonso Dhlakama assumiu o cargo de líder depois de um período conturbado dentro do movimento.
Com fim do regime minoritário da Rodésia e a independência do Zimbabwe em 1980, a Renamo passou a contar com forte apoio da África do Sul e rapidamente estendeu a guerra a várias províncias do pais.
Acordo de Paz
Em 1984, o Governo de Moçambique a África do Sul assinaram o acordo de Nkomati que previa o fim do apoio sul-africano à Renamo e o término do apoio de Moçambique ao Congresso Nacional Africano (ANC).
A guerra civil continuou e em 1992 Dhlakama assinou, com o então Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, o Acordo de Paz de Roma.
Dois anos depois nas primeiras eleições presidenciais livres, Dhlakama obteve 33,7 por centro dos votos e a Renamo 37,7 por cento.
Em 1999, em novas eleições presidenciais, Dhlakama conseguiu 47, 7 por cento dos votos e subsequentemente Dhlakama recusou-se a aceitar o resultado das eleições.
Nova crise e negociações
Em 2004 voltaria a perder eleições agora com 31,7 por cento dos votos e, em 2014, ainda com menos votos,apenas 16 por cento.
A instabilidade política antes das eleições de 2014 levou Afonso Dhlakama a abandonar a sua residência e a retirar-se para o seu quartel-general no distrito da Gorongosa que foi atacado por forças governamentais
Apos as eleições de 2014 Dhlakama foi vítimas de vários atentados .
Nas eleições de 2014 obteve 36.6 por cento dos votos.
Afonso Dhlakama vivia na sua zona de apoio na Serra da Gorongosa e, recentemente, chegou a acordos com o Presidente Filipe Nyusi para uam revisão parcial da Constituição e pôr fim à crise política.
Afonso Dhlakama era casado e tinha 65 anos de idade, morreu na Gorongosa aos 3 de Maio de 2018.