O advogado e comentador político Luis Vaz Martins confirmou à Voz da América ter recebido a ameaças e que está "resguardado, mas não escondido".
Sem gravar entrevista, contactado nessta quarta-feira, 11, o antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Hunanos confirmou informações postas a circular nas redes sociais e em alguns meios de comunicação que indicam que tem sido alvo de ameaças.
Esta não é a primeira vez que aquele advogado, que tem defendido causas e dirigentes do PAIGC, é alvo de ataques.
A 31 de julho de 2021, como a Voz da América informou na altura, um grupo de quatro homens armados numa viatura com matrícula estrangeira perseguiu e atingiu o carro em que Luís Vaz Martins seguia.
O advogado relatou que quando a sua viatura foi atingida pela primeira vez, pensava tratar-se de um acidente normal, mas mudou de opinião quando deliberadamente o condutor da outra viatura tentava tirá-lo fora da estrada.
Ele contou na altura que quando estacionou o carro para verificar os efeitos provocados após o choque que sofreu pela outra viatura, foi interpelado por um dos ocupantes, que lhe disse que ele estava a conduzir mal.
“Mal parei, um dos ocupantes que inclusive não é condutor, desceu para me perguntar como estava eu a conduzir. Questionei-lhe apenas quem era o mandante dos seus atos”, disse Martins à Voz da América, tendo avançado que "a matrícula da viatura não é nacional e também posso confirmar que os ocupantes estavam armados”.
Além de exercer a advocacia, Luis Vaz Martins é presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau.
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