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Advogado de ministra do Governo guineense demitido acusa MP de impedir ilegalmente saída do país


Salão de Honra no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira
Salão de Honra no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira

O advogado da ministra da Justiça e Direitos Humanos do Governo do PAIGC, Ruth Monteiro, denuncia o Executivo liderado por Nuno Nabiam de impedir a sua saída do país, o que, diz, é ilegal.

O Ministério Público (MP) afirma que não existe qualquer ordem para impeder a saída de ninguém a não ser por determinação da justiça.

Em entrevista à VOA, Luís Vaz Martins garante que Ruth Monteiro foi impedida duas vezes de viajar para o estrangeiro, o que, para ele, “não passa de um ato ilegal e inconstitucional, porque o Ministério Público não tem prorrogativas de aplicar medidas de coação para além da de termo de identidade e de residência”.

Martins sustenta que “todas as outras medidas de coação são da competência de um juiz de instrução criminal” e estranha que o Procurador Geral da República venha aplicar normas que ele afirmava ser inconstitucional".

O advogado referiu que Ruth Monteiro foi notificada para uma audiência hoje no Ministério Público, que acabou por ser adiada para 8 de abril.

“Este adiamento é para procurarem outros factos que ainda não recolheram”, conclui Luís Vaz Martins.

Entretanto o MP através de uma nota de imprensa nega que não existe nenhuma lista com nome de cidadãos nacionais ou estrangeiros pré-concebida com intuito de os restringir o direito de livre circulação.

A referida lista foi citada na imprensa como tendo em vista vários membros do Governo de Aristides Gomes, demitido a 28 de Fevereiro pelo autoproclamado Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló.

Na nota, o MP acrecentou que a aplicação de medidas de coação “ocorre apenas no âmbito do exercício da ação penal e observando os requisitos estipulados na lei processual penal, e é exclusiva competência do magistrado titular do processo”.

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