O advogado do presidente do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, assegurou à VOA que o activista está bem de saúde, mas que não tem ainda data de transferência para a Lunda Norte, onde deve ser ouvido pelo procurador que determinou a sua detenção, na sequência dos confrontos mortais de 30 de Janeiro em Cafunfo.
Salvador Freire conseguiu falar com o Zecamutchima apenas na sexta-feira, 19, 10 dias após após a prisão dele, em Luanda.
O encontro aconteceu nas instalações do SIC-Luanda e Freire assegura que ele “não foi submetido a tortura”.
Na sexta-feira, o porta-voz do Ministério do Interior, Waldemar José, afirmou que Zecamutchima continuava em Luanda e à "tutela de um magistrado".
O líder do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe é acusado dos crimes de rebelião e associação de malfeitores na sequência dos confrontos entre a Polícia Nacional e cerca de 300 pessoas convocadas por Zecamutchima para uma marcha a pedir um diálogo com o Governo sobre a situação naquela província.
Enquanto as autoridades falam em seis mortes, a Amnistia Internacional garante ter provas de 10 e os partidos da oposição contabilizam 23 mortes e muitos desaparecidos.