A situação da pandemia da covid-19 em Cabo Verde é considerada estável, com o arquipélago a registar apenas 10 casos activos e sem complicações, e nenhum óbito desde 21 de Fevereiro.
Dados avançados pela Direcção Nacional da Saúde, as taxas de positividade estão em 0,9%, de transmissibilidade RT em 0,39% e de incidência acumulada abaixo de 25 por cem mil habitantes, ambos inferiores dos valores traçados por organizações sanitárias internacionais.
No que se refere à vacinação, 85,7% de adultos tomaram uma dose, 73,7% já receberam duas doses e 14% já fizeram a dose de reforço.
A campanha nos adolescentes entre 12 e 17 anos é considerada igualmente satisfatória, 76,3% com a primeira dose e 62% completamente vacinados.
Desde o aparecimento do primeiro caso em Março de 2020, o arquipélago registou 55.952 casos positivos acumulados e 401 mortes.
Apesar da evolução positiva em termos epidemiológicos, o que permite a abertura para a retoma das actividades económicas e outras importantes para a vida das pessoas, o Diretor Nacional de Saúde considera que se deve manter a vigilância e cumprir as normas básicas de higiene e evitar as aglomerações desnecessárias.
É que, contrariamente ao que muitos dizem, Jorge Noel Barreto alerta que a pandemia ainda não acabou.
"Vamos ter que continuar muito vigilantes porque a situação ainda é instável a nível internacional, garantir condições para fazer diagnósticos neste casos os testes, bem como reforçar a capacidade para detectar as variantes, sem descurar a necessidade da vacinação com realce para a dose de reforço”, afirma Barreto.
António Pedro Delgado, antigo director geral da Saúde e que já trabalhou na OMS-África, reconhece o empenho da criação de condições que permitam o retorno à normalidade, mas realça a necessidade “de se continuar a alertar a população para que tal caminhada se faça com sentido de responsabilidade”.
A boa campanha desenvolvida em matéria sanitária no combate a covid-19 com destaque para a vacinação mereceu elogios do diretor do Banco Mundial para Cabo Verde.
Agora, diz Alphonse Kuagou , o Executivo deve reforçar a aposta na "juventude que constitui a maioria da população e no sector privado, já que a estreita parceria irá contribuir para o relançamento económico tão necessário para garantir o emprego e melhoria de vida das famílias".