Famílias carenciadas no Cacuaco, bairro nos arredores de Luanda, ficaram sem receber mais de três mil cestas básicas depois do administrador ter recusado autorização para a sua distribuição pela Cruz Vermelha, quem segundo ele, não tinha seguido os “procedimentos administrativos” para o efeito.
Auxílio Jacob disse à VOA que a suposta doação não vinha da Cruz Vermelha e que os promotores não cumpriram os procedimentos administrativos.
“Quem veio falar conosco não tinha conecimento de onde vinha a cesta básica, não escreveram para a administração, reunindo-se, em vez disso, com as comissões de moradores”, disse o administrador, acrescentando que depois disso é que os doadores “escreveram duas cartas, mas não versavam a razão de ser da doação”.
“Chamamos a Cruz Vermelha, reunimo-nos com eles, pedimos informações sobre os produtos e eles não sabiam”, acrescentou
Entretanto, Pedro Kanga, secretário provincial interino da Cruz Vermelha em Luanda, tem uma versão contrária e diz que tal nunca tinha acontecido e que "quando chegamos lá o administrador disse que não podia autorizar”.
Entretanto, o padre Jacinto Pio Wacussanga, da organização não-governamental Construindo Comunidades, considera a decisão inédita e reitera que a sua organização tem distribuido cesta básicas sem qualquer problema.
“Nunca tivemos sobressalto algum e nunca tivemos qualquer proibição", reiterou.
Durante a pandemia da Covid-19, várias organizações têm-se desdobrado em ajudar os que mais necessitam em virtude da ajuda do Estado não chegar a todos.