O julgamento de três cidadãos ruandeses residentes em Maputo, acusados de tentativa de homicídio do presidente da Comunidade Ruandesa na Diáspora em Moçambique, Louis Baziga, foi adiado.
A decisão foi comunicada cinco horas depois do tempo marcado para o início do julgamento no Tribunal Judicial da Província de Maputo, porque um dos réus não entende a língua portuguesa.
A sala do Tribunal Judicial da Província de Maputo foi pequena para tanta gente.
Uma assistência constituída, na sua maioria, por emigrantes e refugiados ruandeses que queriam presenciar o início do julgamento dos três réus acusados de planear um homicídio contra o presidente da Comunidade Ruandesa na Diáspora em Moçambique, Louis Baziga.
O crime teria sido encomendado por motivações políticas.
Os arguidos alegam que Louis Baziga está em território moçambicano ao serviço do Governo de Kigali para perseguir e controlar os refugiados ruandeses em Moçambique.
Entretanto, as expectativas da assistência ficaram goradas porque, depois de longas horas de espera, o juizSamuel Pedro Artur adiou a sessão, alegando que um dos acusados não entende a língua portuguesa e nem inglesa, e que, por isso, era necessário contratar intérpretes e tradutores para os réus.
Os três acusados frequentam, juntamente com Baziga, uma igreja localizada no município da Matola, muito concorrida por migrantes do Burundi e Ruanda.
Segundo a acusação, o executor do crime seria um agente da Policia da Republica de Moçambique que, pelo serviço, iria receber o equivalente a cerca de 9 mil dólares americanos.
Ao anunciar o adiamento, o juiz do caso determinou que, no prazo de 15 dias, os réus devem apresentar intérpretes e tradutores da língua materna do Ruanda para permitir uma melhor comunicação, durante o julgamento.
O julgamento será retomado a 6de Junho próximo.