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ADI pede recontagem de votos que lhe dão maioria absoluta


Simpatizantes do MLSTP/PSD protestam contra eventual contagem ilegal de votos

O partido vencedor das eleições legislativas de domingo, 7, em São Tomé e Príncipe, Acção Democrática Independente (ADI), no poder, recorreu ao Tribunal Constitucional para exigir a verificação de mais de dois mil votos considerados nulos e brancos que, para o seu porta-voz, poderiam garantir ao partido a maioria absoluta.

Abenildo Oliveira revelou, em conferência e imprensa nesta terça-feira, 9, ter "conhecimento que existem, ao nível nacional, mais de dois mil votos considerados nulos e brancos e quase todos eles são votos úteis a favor do ADI".

Oliveira vai mais longe e denuncia uma "fraude eleitoral preparada pelos partidos da oposição".

O porta-voz do partido liderado por Patrice Trovoada ainda apelou "à presença dos observadores internacionais, para que o processo seja transparente".

Apoiantes da oposição protestam

Entretanto, no final da tarde de segunda-feira, 9, centenas de simpatizantes do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), segunda força mais votada, protestaram junto da Comissão Eleitoral Distrital de Água Grande contra uma alegada recontagem de votos que temem poder vir a beneficiar o partido no poder e vencedor com maioria simples das eleições de domingo.

A Polícia de Defesa do Estado de São Tomé e Príncipe foi chamada a intervir por volta das 20 horas, dispersando a multidão, enquanto os manifestantes respondiam com pedras e garrafas.

Testemunhas no local indicaram que os manifestantes destruíram o carro da juiza que dirige a suposta recontagem de votos e que uma pessoa foi detida.

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