O líder da UNITA, principal partido da oposição angolana, disse esperar que os observadores que eventualmente venham a ser convidados pelo Governo não fiquem apenas nos "primos africanos" e defendeu uma observação eleitoral democrática.
"Pretender trazer a Angola apenas primos africanos de proximidade política ou ideológica não parece ser um elemento de credibilidade", disse Adalberto Costa Júnior aos jornalistas no final do encontro que manteve nesta segunda-feira, 6, com a directora para África da União Europeia, Rita Laranjinho, na sede do seu partido, no Distrito Urbano da Maianga, em Luanda.
Ele lembrou que o Governo, nos últimos pleitos eleitorais, demostrou não ter grande interesse em ter presentes observadores internacionais nas eleições e por isso as autoridades “retardam os convites e com este retardar interferem na vinda das missões".
No entanto, Costa Júnior disse acreditar que “no âmbito da Assembleia Nacional e da Comissão Eleitoral é possível fazer convites a observadores que possam credibilizar o nosso pleito eleitoral”.
Várias organizações da sociedade civil angolana já solicitaram o seu credenciamento para observação eleitoral mas ainda não obtiveram qualquer resposta.
A VOA tentou ouvir o MPLA, através do seu porta-Voz Rui Falcão, mas não obteve resposta.