Cerca de 24 horas depois de ter sido eleito presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior realizou as primeiras mexidas na estrutura do partido, ao nomear uma mulher, Arlete Liona Chimbinda, para o cargo de primeira vice-presidente, enquanto Simão Albino Dembo é o segundo vice-presidente.
A nomeação de dois vice-presidentes foi uma decisão do congresso concluído da sexta-feira, 15, e que elegeu o terceiro líder da UNITA, depois do seu fundador Jonas Savimbi e de Isaías Samakuva.
Uma nota colocada na página de Facebook da UNITA, no sábado, 16, a nível da estrutura organizativa, Álvaro Chikwamanga Daniel é o novo secretário-geral do partido, que terá como adjunto, Vírgílio Pedro Samussungo.
Outra novidade é a criação do posto de um secretário-geral adjunto para as Autarquias Locais, que passa a ser assumido por Lázaro Kakunha.
Ao ser eleito presidente do partido, Adalberto Costa Júnior deixa também o cargo de líder do grupo parlamentar, que será ocupado já partir desta segunda-feira, 18, por Liberty Chiyaka, que deixa, assim, o cargo de secretário provincial do Huambo.
Promessas
Costa Júnior prometeu não mexer em demasia nos órgãos da UNITA, mas deve anunciar mais alterações nos próximos tempos.
“Sem a revisão da Constituição, a despartidarização do aparelho do Estado, uma justiça isenta e um regulador do sistema financeiro independente do Executivo, o país não terá condições de se desenvolver”, declarou Adalberto da Costa Júnior no discurso da vitória, dando assim o mote para o seu mandato, no qual prometeu bater-se pela realização das eleições autárqcuias.
Quanto ao futuro mais da longo, o novo líder do partido do Galo Negro apontou para a eleição presidencial de 2022, mas advertiu que “não basta mudar o Presidente sem mudar as más práticas, sem abraçar a transparência”
A nível interno apelou à unidade de todos e lembrou que “a campanha terminou” e que “as diferenças eram de método e programáticas”.