Activistas promotores do denominado Manifesto em Prol da Justiça e da Liberdade em Angola reiteram a realização da "marcha pela justiça e liberdade" neste sábado, 28, em Luanda, apesar do “silêncio” das autoridades que ainda não se pronunciaram sobre a carta que informou da realização do evento.
Em conferência de imprensa em Luanda, nesta quinta-feira, 26, Cavalheiro Democrata afirmou que a marcha "pacífica" visa exigir justiça e fim de perseguição às zungueiras (vendedoras ambulantes) e liberdade já aos presos políticos”.
O porta-voz dos promotores da marcha lembrou que a lei impõe apenas a comunicação da realização de marchas, protestos e manifestações para efeitos de segurança dos participantes e não qualquer pedido de autorização.
Democrata revelou que a carta foi enviada ao Governo da Província de Luanda a 19 de Janeiro.
Por seu lado, o também activista Geraldo Dala, na mesma ocasião, disse que a polícia nunca colaborou com eventos do tipo e advertiu que “tudo o que acontecer é da responsabilidade do Estado angolano".
Ao considerarem que o país vive um “misto de autoritarismo e de terrorismo de Estado”, os activistas pediram ao Governo que deixe de combater os pobres e que combata a pobreza e a miséria.
A marcha também vai exigir “a libertação dos "presos políticos", nomeadamente Tanaice Neutro, Luther Campos, Zeca Mutchima e Julino Kalupeteka.
Desde as eleições de Agosto, as autoridades policiais têm impedido várias manifestações e marchas de activistas.
O Governo da Província de Luanda não se pronunciou ainda sobre a marcha de sábado.
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