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Activistas: presos políticos ou não


Nito Alves, Mbanza Hamza, Luaty Beirao, activistas angolanos
Nito Alves, Mbanza Hamza, Luaty Beirao, activistas angolanos

Opiniões se divergem na véspera do prazo em que termina a prisão preventiva dos 15 jovens detidos a 20 de Junho.

Termina amanhã, 4 de Agosto, o prazo limite para a prisão preventiva dos 15 activistas acusados de prepararem uma rebelião e atentado contra o Presidente da República e membros do Governo angolano.

Juristas ouvidos pela VOA avisam, no entanto, que para crimes comuns a prisão preventiva pode ser prolongada por mais 45 dias.

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Entretanto, no caso em apreço, não se sabe em concreto qual a acusação legal que pesa sobre os presos.

O debate, neste momento, é saber se os 15 activistas são presos políticos ou não.

Para Salvador Freire, presidente da Associação Mãos Livres, eles são presos políticos pela razão que levou à sua detenção.

Freire considera que só o facto de terem sido detidos supostamente em flagrante delito mostra que as autoridades possuem bastantes provas para serem julgados no prazo de 7 dias.

“As questões politicas e o pendor que levaram à de detenção deles fazem com que os considero presos político”, disse.

João Pinto, jurista ligado ao MPLA, nega que os 15 jovens sejam presos políticos, sustentando que só existem presos políticos em Estados ditatoriais.

“Prisioneiros políticos são os de consciências e não posso concordar que estes sejam presos políticos, até porque estão a ser manipulados por pessoas que se apresentam como democratas”, retorquiu Pinto.

De recordar que depois das manifestações realizadas em Luanda, Lisboa e Bruxelas na semana passada de apoio aos activistas, foram realizados ontem, no Elinga Teatro, em Luanda, e em Lisboa, na Galeria Zé dos Bois, dois concertos nos quais músicos, actores, artistas e agentes culturais exigiram a libertação do 15 jovens.

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