Dois activistas de Cabinda encontram-se em Luanda para explicar às organizações nacionais e estrangeiras a actual situação naquela região, que nos últimos dias viu dezenas de pessoas presas.
Alexandre Kuanga, coordenador da Associação para o Desenvolvimento e Cultural dos Direitos Humanos de Cabinda, e o advogado Arão Tempo tencionam apresentar uma queixa na Procuradoria contra o executivo de Cabinda, que acusam de violar a lei angolana.
Kuanga disse que Luanda é agora o unico sitio onde estão em segurança, porque as autoridades de Cabinda seguem as suas próprias leis.
Ele disse estarem a registar-se “detenções em massa de todos os que pensam contrário ao regime”.
As detenções foram após o Movimento Independentista de Cabinda (MIC) ter anunciado a sua intensão de levar a cabo uma marcha, na passada semana.
Segundo o activista, já foram detidas 75 pessoas, mas há outras que foram levadas pelo SIC e estão desaparecidas.
“Eles meteram a constituição de lado, criaram um instrumento de perseguição e captura de pessoas, arrombam portas e janelas, quando te encontram, espancam-te, algemam-te colocam-te na viatura e levam- te à esquadra da policia, levas outra tareia só depois encaminham-te ao SIC", disse.
Kuanga disse que em Luanda vão encetar uma serie de contactos para pedir ajuda sobre a situação que se vive em Cabinda.
"Vamos contactar algumas associações e organismos internacionais, vamos também à Procuradoria Geral apresentar uma queixa contra o governo de Cabinda", disse.