O Presidente de Angola, João Lourenço, exonerou nesta quarta-feira, 24, os ministros do Interior, Ângelo de Barros da Veiga Tavares, da Agricultura, Marcos Alexandre Nhunga e da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca.
Em nota, a Casa Civil da Presidência indicou que para os seus lugares foram nomeados Eugénio César Laborinho, até agora governador de Cabinda para o Ministério do Interior, António Francisco de Assis, no Ministério da Agricultura e Florestas e Manuel Neto da Costa, no Ministério da Economia e Planeamento.
Na dança dos governadores, Marcos Alexandre Nhunga foi nomeado para Cabinda eJ úlio Marcelino Vieira Bessa para a província do Cuando Cubango.
Lopes Paulo será o novo secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República.
Reacções em Cabinda
Em Cabinda, activistas reagiram à troca de governadores, dizendo que nada muda porque tanto o cessante como o futuro governador são do MPLA e do "poder central de Luanda".
Eles apontam Laborinho como tendo tido uma governação marcada por actos de opressão e violação dos direitos humanos.
O activista e antigo presidente da Ordem dos Advogados de Angola em Cabinda, Arão Bula Tempo, afirma que foi durante a governação de Eugénio Laborinho que "foram detidos mais membros independentistas".
E acrescentou que os três anos foram marcados pelos "maiores níveis de degradação social".
Marcos Alexandre Nhunga é o novo governador, por sinal, natural de Cabinda.
Para o presidente do Movimento Independentista de Cabinda, Maurício Gime, esta nomeação "não representa nada para o povo de Cabinda porque não vai alterar o estatuto político" do enclave.