As duas únicas mulheres activistas do chamado grupo dos 17, acusadas e condenadas por tentativa de golpe de estado contra o Presidente da República, dizem que não vão às urnas a 23 de Agosto porque pensam estar já tudo viciado e nada vai mudar na vida dos angolanos.
Laurinda Gouveia acusou a oposição de “dançar a musica do partido da situação” enquanto Rosa Conde considera Joao Lourenco um comandado de Jose Eduardo dos Santos.
"Antes de ter uma ideia clara eu acreditava nos processos eleitorais anteriores, não acompanhava por dentro as eleições”, disse Laurinda Gouveia.
“Hoje com um pouco mais de consciência e ideias claras não acredito e por isso nem se quer fiz a catualização dos dados eleitorais”, acrescentou Gouveia para quem "a oposição de Angola não faz o seu real papel”.
“Antes pelo contrário dança a música do ditador”, acrescentou.
Na mesma linha de pensamento está outra activista dos 17, Rosa Conde, para quem "se a oposição toda se coligasse numa única plataforma não permitiria que à beira das eleições surgissem partidos fantasmas como por exemplo o APN só para dispersar os votos da oposição”.
“Seria muito bom que a oposição se coligasse numa plataforma única aí a população, eu particularmente, ia às urnas com confiança que o nosso voto não seria desviado", acrescentou