O activista e jornalista Sedrick de Carvalho tentou suicidar-se nesta segunda-feira no Hospital-Prisão de São Paulo, onde se en encontra detido desde 20 de Julho, acusado de rebelião e de acto praparatório de golpe de Estado.
A confirmação foi avançada há momentos pela mãe Antónia de Carvalho que foi atendida também por psicólogos e advogados.
A mãe teme que o filho tente o suicídio outra vez, mas, por agora, desconhece-se se as autoridades tomaram medidas para evitar que tal venha a suceder.
“Eu recebi um telefonema dizendo que ele queria se matar, a notícia passou na televisão. Encontrei o advogado, conversamos e ele disse que o meu filho prefere já não viver”, contou Antónia de Carvalho à VOA.
Por seu lado, Neusa de Carvalho, esposa de Sedrick de Carvalho, disse que tentou contactar o seu esposo, "mas está irreconhecível porque já está cansado”.
A esposa de Sedrick de Carvalho considerou a decisão de "maléfica".
Além de Sedrick de Carvalho, estão em greve de fome Luaty Beirão, Domingos da Cruz, Albano Binbo Bingo, Mbana Hamza e Nélson Dibango.
Nesta segunda-feira, foi retomado o julgamento dos 17 activistas, tendo sido ouvido Osvaldo Caholo.
Amanhã, deverá ser ouvida, Rosa Conde, que, como Laurinda Gouveia, está em liberdade.
Em carta redigida nesta segunda-feira no Hospital-Prisão de Luanda, e divulgada pela VOA, Carvalho reitera a sua intenção de levar a greve de fome até às últimas consequências e admite a possibilidade de se suicidar.
O activista recusa-se também “a receber toda e qualquer visita”, pelo que diz lamentar os esforços que a família, “esposa, filhinha, pais e irmãos, certamente farão para que recue desta decisão”.
Sedrick de Carvalho nega, inclusive, a beber água e radicaliza a sua posição na carta ao concluir que poderá optar pelo suicídio porque, diz, “estou cansado desta palhaçada”.