O Protectorado Internacional da Lunda-Tchokwe na África Austral acusa o Executivo angolano de estar a destruir os limites históricos da nação Lunda, enquanto decorrer o processo decorre no tribunal internacional.
Nacão Lunda, como é chamada por elementos daquela organização, está delimitada a oeste pelo rio Luio, a leste pelo Rio Luau, a norte pelo rio Cassai e a sul no Dirico vulgo Menongue ou Cuando Cubango.
Entretanto, Jota Filipe Malakito, fundador e presidente do Manifesto Protectorado das Lundas-Tchokwe, diz estar preocupado com a destruição desses marcos, principalmente por o caso estar no Tribunal Penal Internacional.
Malakito afirma que a destruição dos marcos mostra claramente que o Governo angolano está preocupado com o processo e que quer apagar a historia, por isso já escreveu às entidades internacionais e ao próprio partido no poder.
De recordar que Jota Filipe Malakito colocou uma queixa-crime contra o Governo angolano no Tribunal Penal Internacional devido à detenção injusta em 2008 e a denegação de justiça nos tribunais angolanos no âmbito do processo 3450-A/2009 sobre a divisão de Angola.
Recentemente o Gabinete do Procurador do Tribunal Penal Internacional endereçou aos membros do Protectorado da Lunda-Tchokwé uma carta em que questionava as provas anexas no processo contra o Governo angolano sobre um suposto genocídio no território Lunda.
A organização respondeu com a entrega de mais provas no processo, estando assim a aguardar pela resposta daquele tribunal.