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Acordo São Tomé-Angola para pagamento de dívida é bom para ambos os países, dizem economistas angolanos


Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomense, e João Lourenço, Presidente de Angola, em Luanda, 23 Dezembro 2022
Patrice Trovoada, primeiro-ministro são-tomense, e João Lourenço, Presidente de Angola, em Luanda, 23 Dezembro 2022

O presidente da Associação Industrial de AngolA (AIA) José Severino saudaou o acordo de restruturação da dívida de São Tomé a Angola como algo que vai permtir a Luanda recuperar gradualmente essa divida de várias cetenas de milhões de dólares.

Angolanos reagem a acordo para resolver dívida de Saõ Tomé - 3:03
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Mas o economista Néru Sandambi avisou que algumas das empresas em que Angola vai passar a ter interesses como forma de pagamentoo dessa dívida “não valem nada”, embora o acordo beneficie São Tomé e possa vir a beneficiar Angola

Com efeito Angola e São Tomé e Príncipe vão assinar um acordo histórico de reestruturação da dívida, um chamado “debt swap”, ou seja, troca de dívida por activos.

Sobre a mesa estão activos do estado são-tomense considerados rentáveis nos quais Angola assumirá posição accionista, nomeadamente a Companhia São-tomense de Telecomunicações, o Banco Internacional de São Tomé e Príncipe e o Hotel Miramar, cujo capital passará a 100 por cento para mãos angolanas, no âmbito do acordo a ser assinado.

O presidente da AIA disse que "Angola ficou com bons activos, dentro do que é a economia são tomense”

Angola, acrescentou “tem um capital imobilizado, sem qualquer retorno de cerca de trezentos milhões e agora tem a posse de activos que dão retorno”,

“São Tomé fica livre e se calhar de poder voltar a pedir um novo financiamento e para Angola foi de facto um bom acordo das duas partes e também histórico porque essa dívida tem mais de 20 anos", acrescentou

José Severino reforça que o hotel Miramar é bastante rentável, assim como outros dois activos.

Mas o economista e professor da Universidade Lusíada de Angola Néru Sandambi disse que na sua opinião irando o hotel, os demais activos não valem nada.

Para Sandambi este acordo é semelhante ao que “a China fez em relação à Angola só que no caso dos chineses fazem-nos com recursos naturais (angolanos) que são bastante valiosos que permitem Angola pagar a dívida para com a China, agora no caso de São
Tomé e Príncipe não tem nada de especial, para dar como garantia,”.

Para o professor universitário este é um bom acordo para São Tomé que “tem uma economia relativamente pequena que depende 90 porcento de subsídios, andam mergulhados em dívidas e uma das formas de amortizar estas dívidas é renegociar, porque devolver em dinheiro é quase impossível”.

Angola vai ter que gerir esses activos e esperam que tenham rendimento.

“Já para Angola vai gerindo estes activos e receber os dividendos em função das acções que tem em cada activos, para tentar equilibrar a dívida", acrescentou
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