O Governo da província da Lunda Norte revelou nos últimos dias que 20.563 cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) entraram no território angolano em fuga aos conflitos na região de Kasai.
Uma nota do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) enviada à VOA indica que desse total, 11.084 fizeram a pré-inscrição nos centros de Cacanda e Moussunge, na região o Dundo.
Para fazer frente a esta situação, aquela agência das Nações Unidas diz ter pedido aos doadores internacionais 6,5 milhões de dólares, dos quais espera receber quatro milhões de dólares até final do mês de Junho.
Até agora, diz o ACNUR, não recebeu qualquer ajuda financeira.
Entretanto, a agência, com a ajuda de parceiros como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e os Médicos Sem Fronteiras, tem fornecido comida, água, roupa de cama e tendas aos refugiados.
Uma particular atenção está a ser dada a um número cada vez maior de crianças que chegam sem qualquer familiar aos centros de refugiados, onde o ACNUR e o UNICEF estão particularmente focados, segundo a nota, em “prevenir casos de violência sexual contra crianças e mulheres”.
Angola tem neste momento 65.700 estrangeiros à procura de refúgio e asilo, sendo 33.400 da RDC, 9.300 da Guiné-Conacri, 6.400 da Costa do Marfim, dois mil da Somália, além de outros países com contingentes menores.