A ausência de uma operadora de transporte urbano, eficiente e capaz de corresponder à necessidade dos estudantes que diariamente percorrem 14 quilómetros em busca de uma formação profissional nos dois institutos médios localizados no bairro Saco-ma, continua a causar constrangimentos não só económicos mas também no que tange à segurança.
Namibe acordou hoje, 3, agitada devido à colisão de dois táxis do tipo Hiace nas mediações da Quipola, inviabilizando o curso normal dos estudantes que arriscadamente viajavam neles.
“Tio Mingo” um dos ocupantes do táxis oposto aos dos estudantes, que vinha do Saco-mar para a cidade do Namibe explica como tudo aconteceu.
Quinze dos quais, até ao fecho desta ediçã, encontravam-se gravemente sob cuidados médicos, muitos com cinco fracturas, segundo disse à VOA o médico do banco de urgência do Hospital Ngola Kimbanda, provisoriamente em funcionamento na dependência da pediatria do Namibe, o clínico geral Nicolau.
Os factos ocorreram depois de vários apelos dos próprios estudantes e encarregados de educação que clamavam por um olhar mais atento a esta causa, já que os mais de 70 autocarros distribuídos pela Província do Namibe, nos últimos anos foram entregues a uma única operadora urbana, ainda na era do governador Boavida Neto.
A pronta intervenção dos bombeiros e polícia nacional e a solidariedade da população permitiram a evacuação de mais de 25 pessoas para os dois principais hospitais existentes no Município do Namibe.
Recorde-se que o ministro dos Transportes Augusto Tomas, na sua recente visita ao Namibe, no âmbito da jornada de campo do Presidente da republica José Eduardo dos Santos, advertiu as autoridades do Governo local a disciplinar o exercício de transporte urbano, com mais 15 autocarros, cujo destino até hoje é desconhecido.