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Abuso de poder não deve ser prática em África, apela Parlamento Juvenil de Moçambique


Nito Alves, Mbanza Hamza, Luaty Beirao, activistas angolanos
Nito Alves, Mbanza Hamza, Luaty Beirao, activistas angolanos

Em carta enviada ao Presidente Nyusi, a organização denuncia a detenção de Luaty Beirão e outros jovens angolanos.

A detenção dos jovens angolanos acusados de tentativa de derrube do Presidente José Eduardo dos Santos é uma demonstração de abuso de poder e não deve ser prática em nenhum outro país africano.

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A posição é defendida por Salomão Muchanga, Presidente do Parlamento Juvenil de Moçambique, que acaba de enviar uma mensagem ao Presidente Filipe Nyusi para transmitir ao seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, durante a visita à Luanda, este mês.

“O Parlamento Juvenil, incapaz de se silenciar perante tamanha injustiça, manifesta a sua profunda e o seu absoluto sentido de indignação em relação à prisão arbitrária de 15 jovens activistas Angolanos,” lê-se na carta enviada a Nyusi.

Muchanga diz que a mensagem expressa a vontade dos jovens moçambicanos. “Exigimos ao nosso chefe de estado para que seja solidário com os jovens angolanos”.

“Ter opiniões diferentes não é crime”, e os dirigentes africanos não deverão esquecer o ideal das independências, alerta Muchanga. “Devemos aceitar o pensar diferente e os nossos países deverão ser espaços de inclusão política, económica e social.”

Este activista dos direitos humanos realça que a detenção dos 15 jovens é um momento difícil, mas também uma oportunidade para reafirmar que os jovens deverão “lutar permanentemente para a consolidação da liberdade” para que África não se tornem continente perdido.

Muchanga apela a outros jovens do continente para condenarem o que está a acontecer em Angola para impedir a ocorrência de detenções arbitrárias.

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