O Presidente moçambicano Filipe Nyusi reiterou hoje, 7, em Mueda, na província de Cabo Delgado, que todos os esforços devem ser direccionados para a busca da paz efectiva no país, o que passa por uma maior inclusão dos moçambicanos. Analistas, entretanto, dizem que não bastam apenas as boas intenções, mas são necessárias também acções concretas.
Nyusi falava no lançamento das cerimónias comemorativas do 40.º aniversário da independência nacional, que se assinala a 25 de Junho, as quais incluíram o acender da Chama da Unidade Nacional, que vai percorrer as 11 províncias até ao dia da independência.
José Óscar Monteiro, histórico da Frelimo e adversário do antigo estadista moçambicano Armando Guebuza, diz que a paz só será efectiva se houver uma nova maneira de pensar Moçambique, realçando que já há condições para isso.
Para o analista Fernando Gonçalves, Filipe Nyussi não pode pensar que quando sair do poder terá resolvido todos os problemas que Moçambique enfrenta: "os níveis de pobreza ainda são muito altos, e ele não tem a varinha mágica para resolver todos os problemas".
Por seu lado, o académico Luiz Mungoi diz que Filipe Nyussi, após assumir a Presidência da Frelimo, tem agora todos os caminhos abertos, para, de forma autónoma, tomar as decisões necessárias relativas ao diálogo com a Renamo.
"Agora, o Presidente Nyussi tem uma grande responsabilidade porque já não vai ter a desculpa de que ele era apenas Presidente da República e o Partido Frelimo fazia outras coisas", disse Mungoi.
As celebrações da independência nacional decorrem sob lema “40 anos de independência, unidade nacional, paz e progresso”.